Depender de épocas sazonais para impulsionar e manter o seu negócio ao longo do ano é arriscado e está longe do ideal para um modelo de negócio; saiba o que pode ser feito para driblar isso
O ano começou e falamos sobre como dar um bom pontapé inicial bem aqui – vale a pena ler a matéria anterior, assim você já emenda a linha de raciocínio. Para muitos, há perspectiva de boas mudanças no campo econômico, já para outros, a incerteza ainda prevalece.
Seja qual for a sua visão, existe uma certeza que vale para todos: não dá para manter o seu negócio apenas com datas sazonais.
É chato de ouvir, mas é verdade. Sabemos que datas como Dia das Mães, Black Friday e Natal podem ser boas para a sua empresa. Mas elas não vão salvá-la se durante os outros meses você fica no vermelho aguardando esses dias chegarem.
É preciso ter planejamento e um modelo de negócio adequado às suas receitas em períodos “normais”.
Assim, você verá as grandes datas como um extra para o seu caixa, para que você possa investir mais dinheiro na sua empresa, expandi-la e realizar outros objetivos. E não como uma salvação para conseguir sobreviver o resto do ano.
Fazer esse tal planejamento parece simples e algo que você diria para si mesmo, porém, mesmo assim, podemos ver que, ao menos na vida pessoal, as coisas não funcionam dessa maneira.
Segundo uma pesquisa realizada pelo SPC/CNDL, em 2018, até 58% dos brasileiros não organizam as próprias finanças.
O que nos leva a nossa primeira dica:
1 – Traga hábitos saudáveis para sua empresa
Antes de querer mudar o mundo, devemos mudar nós mesmos. Então, isso também vale para escalas menores, trocando o “mundo” pela sua empresa.
Dificilmente empresários conseguem que seus negócios tenham uma boa saúde financeira quando suas próprias finanças estão uma bagunça.
Principalmente aos donos de pequenos negócios, acaba ficando muito fácil misturar a vida financeira pessoal e de empresário quando essas situações de desordem acontecem. E aí, a tendência é virar uma bola de neve.
Por isso, aproveitar esse começo de ano é uma excelente oportunidade para repensar a sua gestão financeira pessoal, organizá-la e deixá-la adequada ao seu empreendimento.
Fazendo isso, a consequência direta é levar esses hábitos saudáveis também para o seu negócio. Se você começou do zero, deve se lembrar: você tinha uma vida financeira extremamente bagunçada no início? É muito provável que não, e que, na verdade, tinha até mesmo um bom planejamento para você e a própria empresa.
Então, antes de tentar arrumar a casa toda de uma vez, comece pelo seu próprio quarto!
2 – Trabalhe com preços melhores
Você pode ter, atualmente, dois problemas que comprometem o seu caixa ao longo do ano. Primeiro, comprar a preços mais caros do que poderia se tivesse mais poder de compra. E segundo – que depende totalmente do primeiro – vender a preços maiores, sem aumentar sua lucratividade e te deixando menos competitivo no mercado.
Geralmente esses fatores estão ligados à primeira dica: uma má organização das finanças – mais especificamente do seu fluxo de caixa.
Pois, veja bem, quando a saúde financeira da empresa está ok, é muito provável que ela tenha um bom caixa capaz de suprir as demandas que surgem sem comprometer a empresa a pagamentos longos e mais altos do que deveriam ser.
Afinal de contas, quando uma empresa consegue comprar melhor, torna-se mais competitiva e acaba vendendo mais, gerando um ciclo financeiramente saudável.
Mas, tudo bem, não conseguir fazer isso não é uma sentença de fracasso no mercado. Além do mais, mesmo com as contas da empresa estando em dia, é muito comum isso acabar acontecendo com pequenos e novos negócios.
Nessas horas, é bom contar com alguém que te ajude a sair dessa situação.
3 – Tenha um parceiro de negócios
Não estamos falando de sócios ou investidores – apesar de serem fundamentais para a administração da sua empresa – mas de alguém que possa agir diretamente no seu modelo de negócio e em como você recebe suas receitas.
Você pode ter um modelo que atualmente seja focado em grandes vendas a prazo, que te garantem uma receita constante, mas dificilmente de forma integral. Isso não é errado, porém, modelos desse tipo podem ser mais suscetíveis a alguns dos problemas que citamos acima.
Por isso, o ideal é sempre manter um bom fluxo de caixa, que pode vir com a ajuda de um parceiro, como uma empresa de factoring, por exemplo.
Nós já falamos sobre empresas de factoring aqui e sobre como elas funcionam, mas, basicamente, podemos dizer que sua principal atividade é adiantar os seus recebíveis para que você possa ter dinheiro mais rapidamente para financiar os objetivos da sua empresa.
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